A segunda etapa dos Encontros Temáticos aconteceu no dia 25 de outubro, em Manaus, no Amazonas. Assim como no Pará, o dia foi marcado por dois momentos: a Missão de Intercâmbio entre as Organizações Socioprodutivas do Projeto e o Encontro Temático em si, com debates sobre oportunidades e desafios nas cadeias produtivas do pirarucu de manejo e da castanha-do-Brasil. Ainda, houve a assinatura do acordo entre o PRS – Amazônia e as OSPs.
Missão de Intercâmbio entre as OSPs
Com as lideranças das OSPs que fazem parte do Projeto no AM, o primeiro momento do dia 25 foi uma rodada de apresentação do Projeto e das atividades que estão no radar. Os dirigentes contaram sobre a história das organizações, qual o carro-chefe na produção de cada uma, quais dificuldades encontraram no caminho e como foi importante criar as associações para manter o cultivo vivo nas cadeias e lidar com as oscilações de mercado.
Encontro temático: mesa de debate e participação do público
Após o primeiro momento, reuniram-se para mesa de abertura o Diretor-Presidente do IABS e Diretor-geral do PRS – Amazônia, Tadeu Assad, a analista da ApexBrasil e gestora do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) e do programa Mulheres e Negócios Internacionais, Maira Cauchioli, e o engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Rafael Semerene Farah, junto com o Superintendente substituto do MAPA no Amazonas, Vinícius Lopes.
Depois de Tadeu Assad trazer um olhar sobre os desafios de trabalhar na Amazônia e os impactos das mudanças climáticas, iniciaram-se as mesas de debate com especialistas nas cadeias produtivas de pirarucu de manejo e da castanha-do-Brasil.
Simelvia Vida, Pesquisadora especialista no manejo do pirarucu pelo Instituto Juruá, fala sobre o papel histórico do pirarucu de manejo e as oportunidades que surgem com a versatilidade do pirarucu. Já Nadiele Pacheco, Chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Florestal pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), conta sobre a importância da atividade agroextrativista para o Amazonas, especialmente na cadeia da castanha-do-Brasil.
Vinícius Lopes, Superintendente substituto do MAPA-AM, complementa como o potencial pode aumentar com uma ATER personalizada: “É preciso enxergar, com o uso de novas tecnologias e com o apoio da assistência técnica, formas de você fazer o aproveitamento econômico de todo o mix de compostos e produtos derivados da cadeia produtiva da castanha-do-Brasil”.
Antes de finalizar, foi o momento de Maira Cauchioli, Analista da ApexBrasil e Gestora do Peiex e do programa Mulheres e Negócios Internacionais, falar a respeito do papel da ApexBrasil no acesso a mercados.
“Existe todo um processo de validação setorial e toda estrutura para essa questão regulatória, questão de acesso ao mercado. E, nesse debate, a gente tem um monte de outros atores que estão envolvidos, como o INMETRO, por exemplo. Então, não é de competência da Apex lidar com essa agenda, mas, sem dúvida nenhuma, é de interesse dela contribuir com essa conservação”, explica Maira.
Ao abrir para debate, foi o momento de ouvir o conhecimento das OSPs e o que elas fizeram para manter a produção sustentável ainda no período da seca do Rio Amazonas.
Pará, Amazonas e Rondônia
Após o Encontro Temático em Belém (PA) na segunda-feira (23) e em Manaus (AM) na quarta (25), a equipe se prepara para a última rodada: em Porto Velho (RO), na sexta-feira (27).