Missão de Intercâmbio entre OSPs e Encontro temático em Rondônia concluem a rodada de primeiros eventos presenciais do Projeto

Após a apresentação e troca entre as OSPs, foi o momento de debates sobre oportunidades e desafios nas cadeias produtivas de peixes redondos e de café

Depois dos primeiros eventos presenciais do PRS – Amazônia no Amazonas e no Pará, dia 27 de outubro foi o momento de se reunir para dois momentos centrais no PRS – Amazônia: a Missão de Intercâmbio entre as Organizações Socioprodutivas (OSPs) de Rondônia e o 1º Encontro Temático, com especialistas nas cadeias produtivas do café e de peixes redondos, representantes da ApexBrasil e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). Assim como os outros eventos, além das duas agendas, o dia também foi marcado pelo momento de assinatura do acordo com o Projeto. 

 

Intercâmbio e troca de saberes entre as OSPs

Após reapresentar o Projeto e dividir brevemente quais atividades estão no radar do PRS – Amazônia para os próximos meses, o diálogo seguiu com as apresentações de cada organização presente. Na intenção de construir um espaço seguro de troca e escuta ativa, representantes contaram da criação das associações, da mobilização de integrantes para formalizá-la, dos desafios que encontraram no caminho e, também, quais as saídas encontraram para eles. 

Eri Kampé, da Associação Fluvial Indígena de Õtaibit, relatou o impacto da participação feminina na criação da OSP. “As mulheres tomaram a iniciativa, uma delas a minha mãe, outra foi a Rosanira, mas elas sentiram necessidade de se criar uma associação que representasse a parte fluvial”, conta Kampé. “E aí sentamos para discutir nomes e decidimos colocar Õtaibit, da língua Tupari, que significa arco-íris. A gente tá vivendo uma nova realidade, a gente quer vida nova e também significa acordo, contrato e aliança”, complementa.

Ainda, Pedro de Oliveira Bordalo, da Colônia de Pescadores e Aquicultores Z1 – Tenente Santana, conta como encontrou o PRS – Amazônia: “Depois de ouvir sobre o Projeto em uma reunião, levei a ideia para os pescadores da Colônia Z1 – Tenente Santana. Tinham 5 ou 6 pescadores fora com dificuldade, aí juntei toda essa clientela e trouxe para dentro do Projeto”. 

Já Luiz Weymilawa Suruí apresenta a Gap-Ey, uma associação indígena que trabalha com café – mas conta que a OSP abrange também outros trabalhos com a comunidade. “Nós trabalhamos com educação ambiental, reflorestamento, mudanças climáticas, todas as áreas que demandam uma iniciativa do mundo todo”, conta o representante Suruí. Ainda, além da Gap Ey, o representante da Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Paiter Suruí (COOPAITER), Ricardo Prado, complementou impressões da OSP que também trabalha com café no Projeto. 

Encontro temático: oportunidades e desafios para peixes redondos e café em Rondônia

O evento começou com a mesa de abertura, que contou com a presença de Tadeu Assad, Diretor-Presidente do IABS e Diretor-geral do PRS – Amazônia, e de Maira Cauchioli, analista da ApexBrasil e gestora do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) e do programa Mulheres e Negócios Internacionais.

Ao iniciar as palestras e os debates, a pesquisadora e docente nos cursos de Engenharia de Pesca e Zootecnia pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Jucilene Cavali, comentou sobre oportunidades que vêm ao utilizar assistência técnica personalizada em cada região – uma ideia compartilhada também pelo Projeto para as atividades de ATER. Após Jucilene, o Vice-Presidente da Ação Ecológica Guaporé (Ecoporé), Marcelo Lucian Ferronato, trouxe provocações sobre a utilização de recursos hídricos na produção de café em cultivos associados, para discutir com quem participou do Encontro. 

Após a fala de Maira Cauchioli, da ApexBrasil, sobre o acesso a mercados e a atuação da ApexBrasil na Amazônia, foi o momento de abrir para a interação com o público. As contribuições foram postadas nas redes sociais do Projeto e, para conferir, basta clicar aqui

“Foi riquíssimo. Questões do cacau, que discutimos em Belém, vão ser tema de discussão para cá também [Rondônia]. Questões de regulamentação fundiária, que tem surgido em todos os estados. Questão de limitação do mercado, seja desde o mercado institucional à exportação. Então foi uma semana riquíssima. E a ideia é que a gente possa somar essas parcerias para fazer um bom Projeto”, ressalta Tadeu Assad durante a missão no estado de Rondônia.

Compartilhe:

Facebook
WhatsApp
LinkedIn