Dia Mundial do Café celebra a força da produção familiar e a busca por práticas sustentáveis na Amazônia

Brasil é um dos maiores exportadores de café do mundo e Rondônia se destaca pelas práticas produtivas sustentáveis do café canéfora

Neste domingo, 14 de abril, comemoramos o Dia Mundial do Café: uma data que celebra não apenas a paixão pela bebida, mas também o potencial e a importância econômica e social dessa cultura em diversos países, especialmente no Brasil. Com uma produção robusta e desafios a enfrentar, o café brasileiro se destaca pela qualidade de seus grãos e o PRS – Amazônia se propõe a fortalecer Organizações Socioprodutivas (OSPs) em Rondônia, ao lado de três OSPs parceiras lideradas por comunidades indígenas.

O Café no Brasil
O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de café do mundo, figurando constantemente entre os principais atores desse mercado. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país foi o segundo maior produtor de café do mundo em 2022, com uma safra estimada em 50,87 milhões de sacas. Além disso, o Brasil se destaca na plantação de diferentes tipos de café, com ênfase na espécie canéfora, que inclui os grãos robusta e conilon. É nesse cenário que o Projeto Rural Sustentável – Amazônia atua, ao lado de três OSPs: Associação Gap Ey, Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Indígena Paiter Suruí (COOPAITER) e a Associação Indígena Fluvial Õtaibit.

Café na Amazônia
Um dos destaques na produção sustentável de café é o estado de Rondônia, que em 2022 alcançou a marca de quase 3 milhões de sacas de café, tornando-se o 5° maior produtor do país e um dos três maiores produtores da espécie canéfora. Cerca de 90% de todo o café produzido na Amazônia provém de Rondônia, com mais de 17 mil produtores e produtoras, muitos deles baseados na agricultura familiar.

Um marco importante para Rondônia foi a obtenção da primeira Indicação Geográfica com Denominação de Origem (DO) para café canéfora sustentável em 2021, reconhecendo a qualidade e a sustentabilidade das práticas adotadas na região. Dentre as 18 OSPs apoiadas pelo PRS – Amazônia, três delas desempenham um papel fundamental na cadeia produtiva do café, sendo elas:

  • Associação Gap Ey: sediada em Cacoal/RO, tem 41% de participação de mulheres e 47% de participação de jovens.
  • Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Indígena Paiter Suruí: sediada em Cacoal/RO, conta com 40% da participação de mulheres, e 38% de participação de jovens.
  • Associação Indígena Fluvial Õtaibit: sediada em Alta Floresta D’Oeste/RO, conta com 36% de mulheres e 29% de participação de jovens.

Com dinâmicas tão próprias, essas OSPs criam e refletem um espaço rico em sociobiodiversidade e não apenas contribuem para a produção de café de alta qualidade, mas também promovem a inclusão de mulheres e jovens em suas atividades. Os desafios logísticos que envolvem diferentes elos da cadeia produtiva do café conferem obstáculos a essas OSPs, mas também refletem a riqueza cultural e produtiva da Amazônia.

Apesar do sucesso no mercado global, a cadeia produtiva do café enfrenta desafios significativos, desde a assistência técnica adequada até a oscilação dos valores dos insumos necessários para a produção. Esses desafios são enfrentados de frente pelo Projeto Rural Sustentável Amazônia, ao buscar soluções por meio dos planos de fortalecimento da cadeia produtiva, diagnósticos das OSPs e elaboração de planos de negócios personalizados para cada uma delas.

O Dia Mundial do Café é uma oportunidade não apenas para celebrar essa bebida tão amada, mas também para reconhecer o trabalho árduo de produtores e produtoras que fazem parte de uma cadeia produtiva sustentável e promissora na Amazônia brasileira. Por meio do apoio às OSPs e da promoção de práticas produtivas sustentáveis, o Projeto busca fortalecer a cadeia produtiva, fortalecer a organização e, com isso, aumentar a renda dos produtores e melhorar a qualidade de vida das comunidades locais.

 

 

 

 

 

 

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