Dia dos Povos Indígenas: Projeto celebra a data destacando o papel fundamental das comunidades em parcerias sustentáveis

Comunidades indígenas atuantes no PRS - Amazônia promovem a produção sustentável de castanha-do-brasil, café e pirarucu de manejo

No panorama da diversidade cultural brasileira, o Dia dos Povos Indígenas é uma data emblemática, que não só reconhece, mas também celebra a riqueza e a importância das comunidades tradicionais para a identidade nacional. Instituído em 19 de abril, esse dia rememora a realização do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, ocorrido em 1940, no México, que reuniu líderes indígenas de diversas nações para discutir seus direitos e desafios.

A relevância do Dia dos Povos Indígenas transcende o aspecto histórico, pois representa um momento de reflexão sobre as lutas, conquistas e demandas contemporâneas desses povos. No Brasil, onde a diversidade étnica e cultural são marcas presentes, essa data assume um papel ainda mais crucial, sendo um convite à sociedade para reconhecer e valorizar a contribuição indígena na construção do país.

Neste contexto, o Projeto Rural Sustentável – Amazônia atua de forma próxima e colaborativa com diversas comunidades indígenas em Rondônia e no Amazonas. O projeto, que se dedica a contribuir com a qualidade de vida das pessoas a partir de cadeias produtivas sustentáveis fortalecidas, tem como pilares a parceria e o diálogo com os povos originários, visando o respeito às tradições, à cultura e ao meio ambiente e, também, tendo em vista a viabilidade econômica dos produtos.

 

As OSPs do Projeto

Entre as comunidades parceiras do Projeto em Rondônia, destacam-se a Gap Ey, a Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Paiter Suruí (COOPAITER) e a Associação Indígena Fluvial Õtaibit – todas envolvidas na cadeia produtiva do café e localizadas em áreas estratégicas como Cacoal e Alta Floresta D’Oeste. Os cafés cultivados por essas comunidades indígenas se destacam por seus métodos singulares de produção. 

Os grãos são cultivados, em sua maioria, em sistemas agroflorestais, ou em áreas circundadas por vegetação nativa, o que promove a produção de café de qualidade. Esses métodos também refletem positivamente nas classificações sensoriais dos cafés, conferindo-lhes características únicas e distintas. Além disso, a prática do cultivo do café nas comunidades indígenas promove a inclusão de jovens e mulheres no segmento da cafeicultura, visto que foi incorporada pela dinâmica familiar e comunitária. 

No Amazonas, dentro do recorte de comunidades indígenas, o Projeto colabora com a Associação Comunitária Indígena Nova Esperança do Povo Kokama da Barreira da Missão de Baixo (ACINEPEK), que atua na cadeia produtiva da Castanha-do-Brasil. Ela é conhecida por sua  atuação agroextrativista, que conserva a floresta em pé e preserva os  saberes ancestrais. 

Já na cadeia produtiva do Pirarucu de Manejo, também no Amazonas, a Associação do Povo Deni do Rio Xeruã desempenha um papel crucial na conservação do pirarucu selvagem na flora amazônica. Por meio do manejo sustentável, desenvolvido a partir dos conhecimentos tradicionais dessas comunidades, os indígenas da região implementam práticas sustentáveis de conservação e produção.

Essas práticas não apenas garantem a conservação dos recursos naturais , como  também promovem a autonomia econômica das comunidades, respeitando seus modos de vida e fortalecendo suas identidades culturais. É por meio desse diálogo e da cooperação que se constroi um caminho mais sustentável e mais inclusivo.

Uns dos objetivos do Projeto é compreender as demandas, aspirações e desejos das comunidades produtoras. Essa abordagem colaborativa visa fortalecer as iniciativas locais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das comunidades e o fortalecimento de suas culturas ancestrais. 

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