Agricultura familiar e extrativismo mobilizam sustentabilidade no campo e nas florestas

Brasil registra 3,9 milhões de estabelecimentos de agricultura familiar e mobiliza R$ 6,2 bilhões no extrativismo vegetal — práticas sustentáveis imp

Por Programa Rural Sustentável

O extrativismo, a agricultura e a pecuária sustentável são fontes de alimentação e sustento para milhões de brasileiros. Múltiplas e com especificidades para cada bioma, região e estado, acontecem na pluralidade geográfica — em campos, savanas, semiáridos, florestas e matas. E são construídas pela diversidade social e étnica do país, por  pessoas agricultoras familiares, assentadas, quilombolas, indígenas, silvicultores e extrativistas. 

Responsável pela produção de 70% dos alimentos consumidos diariamente na mesa de milhões de brasileiros e brasileiras, a agricultura familiar gera 10,1 milhões de ocupações no campo, de acordo com dados do Censo Agropecuário mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017) e do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar de 2024. Isso se traduz em 67% das ocupações do campo, em 3,9 milhões de estabelecimentos de agricultura familiar  — 23% das terras no meio rural. Essa forma de produção de alimentos corresponde a 23% do valor bruto da produção agropecuária brasileira e atua na dinamização econômica de 90% dos municípios com até 20 mil habitantes (68% dos municípios nacionais)

Em 2023, o extrativismo vegetal mobilizou R$ 6,2 bilhões no setor de extração vegetal e da silvicultura brasileira. Ao fazer o recorte dos extrativos não madeireiros, o valor da produção foi de  R$ 2,2 bilhões — desse,  R$ 1,85 bilhão foi mobilizado pelo grupo de produtos alimentícios. Interconectado diretamente com os saberes da floresta e relevante para povos e comunidades tradicionais e indígenas, o extrativismo não madeireiro contribui para geração de renda, emprego e alimentação. Esses são dados do levantamento “Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2023”, do IBGE.

Entre os produtos extrativos não madeireiros, o açaí mobilizou R$ 853,1 milhões da produção, seguido da erva-mate — com R$ 589,6 milhões. Do total do valor da produção, o açaí, a erva-mate, a castanha-do-brasil, o pequi e o pinhão representaram 46%, 31,8%, 9,3%, 3,5% e 3,3%, respectivamente. Ainda de acordo com o levantamento, ao destrincharmos por estados, o Amazonas liderou a produção nacional na cadeia da castanha-do-brasil (10,6%), ao passo que o Pará registrou a maior produção de açaí — 70,2% da produção nacional. Na terceira cadeia mais extraída, o pequi teve um aumento de 34%, em comparação com os dados de 2022, e Minas Gerais foi o principal produtor.

Os dados do setor extrativista e da agricultura familiar são expressivos — e por trás de cada número existem milhões de pessoas ligadas ao trabalho rural, incluindo agricultores e agroextrativistas. Pessoas que tiram da terra seu alimento do cotidiano e seu sustento, pessoas que estabelecem conexões profundas com seus territórios e comunidades, pessoas que aplicam e buscam por estratégias produtivas eficientes e respeitosas com o meio ambiente. E é nesse contexto que o Programa Rural Sustentável se insere.

Conciliando desenvolvimento social e econômico no campo e nas florestas com práticas sustentáveis de baixa emissão de carbono, o Programa Rural Sustentável (PRS) vem transformando a realidade dos biomas do Brasil. Iniciado em 2012, deixou um legado nas florestas tropicais do país, com o Projeto Rural Sustentável – Mata Atlântica e Amazônia (2012-2019), e no semiárido brasileiro, com o Projeto Rural Sustentável – Caatinga  (2029-2023). Essa história já sensibilizou diretamente mais de 17.300 produtores e produtoras  no campo — com o primeiro projeto do Programa — e 1.505 famílias agrícolas na Caatinga.

O objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) do setor produtivo e aumentar a qualidade de vida no campo continua mobilizando o trabalho do Programa Rural Sustentável nos dois maiores biomas do país. Atuante com os Projetos Rural Sustentável na Amazônia (2022-presente) e no Cerrado (2019-presente), impulsiona tecnologias produtivas de baixo impacto ambiental, juntamente com o incentivo à sociobiodiversidade nos territórios amazônicos. 

Neste Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural (25), te convidamos a conhecer histórias de impacto de cuidado com o meio ambiente e geração de renda. São histórias de pessoas que constroem os Projetos conosco — e tecem o que o Programa é.

Realino Lopes é agricultor familiar e técnico agropecuário. Na propriedade Taquaral de Cima, desenvolve um sistema agroflorestal, com a intenção de produzir com eficiência, de forma sustentável e com respeito ao meio ambiente.

Projeto Rural Sustentável — Amazônia (2022-presente)

 

Na floresta amazônica, o trabalho com a terra estabelece uma forma de coexistência profunda entre gente e natureza. Pessoas desenvolvem seus sustentos e modos de vida a partir dos ecossistemas, crescem, resistem e lutam juntos pela floresta e seus povos de pé. É um crescimento interconectado e milenar que gera riquezas e saberes incomparáveis, conhecimentos e aprendizados íntimos da sociobiodiversidade desse bioma tão fundamental para a vida no Brasil e no mundo. 

Agricultores e agricultoras familiares, agroextrativistas, povos indígenas, populações quilombolas, povos tradicionais e ribeirinhos protagonizam o trabalho nas florestas e nos campos amazônicos. Articulam, diariamente, a manutenção de suas formas de viver e a garantia do sustento com a conservação do bioma, gerando um grande impacto na contenção das mudanças climáticas. 

Aqui, você vai conhecer a história de Maria Josefa Machado Neves, uma mulher amazônica que representa tantas outras. Em sua trajetória por uma melhor qualidade de vida nos territórios, seu trabalho em rede vem promovendo autonomia entre as trabalhadoras rurais em São Félix do Xingu, no estado do Pará.

Com pais agricultores familiares, Maria Josefa cresceu na roça, em contato com o plantar e colher nas terras amazônicas. “Ao longo da minha vida, hoje nos meus 54 anos, já fiz de tudo que se faz na roça de plantio. Eu já fiz e ainda sei fazer”, compartilha a presidente da Associação das Mulheres Produtoras de Polpa de Fruta (AMPPF). 

Iniciada em 2 de março de 2012, a associação surgiu a partir de um pequeno grupo de produtores que entregava polpas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Em determinado momento, uma ‘mulher muito guerreira’, gentilmente Maria Josefa rememora, chamou os produtores para formarem uma associação, já que muitas frutas apodreciam nos quintais, sem aproveitamento. “Ela lutou tanto pela associação! Quando a gente começou, tivemos muitos altos e baixos, mas quando a gente caia, tentávamos levantar. E uma das maiores quedas foi quando nós perdemos ela, em 2017. Nós quase desistimos, mas ela era muito influente e sempre dizia para a gente seguir em frente com a associação”, relembra a presidente. 

Na época, ela e sua família desenvolviam uma lavoura branca — sazonal, é uma cultura agrícola temporária, que dura no máximo um ano e que precisa ser replantada a cada ciclo. Em 2016, já haviam começado a plantar cacau, mas passaram por um grande desafio: toda a lavoura pegou fogo, destruindo 1.500 cacaueiros produtivos.

“A gente perdeu essa plantação toda. Vendemos a terra, porque era perto de fazendeiros, e compramos a terra onde, hoje, eu moro, que é uma chacarazinha. Mas tudo mudou muito. Eu vendi uma terra grande e comprei uma terra pequena e a terra pequena me dá mais do que a terra grande me daria”, resgata Maria Josefa. Na época, quando comprou o terreno que hoje chama de lar, só havia capim. Decidida, reflorestou toda a propriedade  — “e  agora ela está toda plantada com cacau e com os sistemas agroflorestais que desenvolvemos aqui, com as frutíferas. Praticamente, eu moro no meio da floresta”, detalha.  E toda essa história, ela conta, foi transformada a partir do momento em que engajou mais na associação. 

A AMPPF é construída por 66 associados, sendo 48 mulheres e 18 homens. Maria Josefa explica que a associação é inteiramente dirigida por mulheres: os homens que participam são maridos e filhos. “A gente até brinca que eles são os nossos carregadores de caixa”, conta com senso de humor. Um dos objetivos da organização, para o futuro, é separar a sociedade em duas modalidades: sócios fornecedores — aqueles que entregarão os frutos — e sócios ativos — os que participam diretamente das decisões coletivas. 

E esse coletivo produz com diversidade: junto às polpas de frutas, cultivam  cacau e amêndoa e produzem mel. A variação de produtos dialoga com a sociobiodiversidade amazônica, aspecto bem valorizado pelas produtoras. “Os frutos da biodiversidade amazônica são muito importantes para nós, polpeiras, como eu chamo”, explica a presidente.

“Os frutos garantem a renda das famílias. São importantes não só pela ajuda financeira, mas também pelo protagonismo feminino, gerando também o empoderamento feminino. A mulher vai complementar a renda de casa e também terá o seu próprio dinheiro”, complementa.

O impacto da produção com a biodiversidade no território vai além do fator econômico: impacta, também, na autonomia financeira das mulheres associadas. “Quando ela trabalha e ganha seu dinheiro, ela sempre considera primeiro a família, ajudar o marido, depois que vem o pensamento que pode comprar algo para si. Aqui, ela complementa a renda de casa e também pode fazer o que quiser com o próprio dinheiro, sem precisar do marido”, Maria Josefa contextualiza. E reforça: “a nossa associação mudou completamente a vida de todas as mulheres que estão dentro desse grupo coletivo”.

Os associados estão espalhados pelo município de São Félix do Xingu — em Manguari, Tancredo Neves, Nereu, Xadá e Santa Rosa. E em todas essas regiões, o principal desafio enfrentado pelos agricultores familiares é o uso de agrotóxico pelas propriedades vizinhas, que acabam contaminando a produção da AMPPF e reduzindo a produtividade das plantas frutíferas. “Os produtores vizinhos a onde eu moro estão inseridos na associação e a gente aprendeu a reflorestar com os sistemas agroflorestais. Mas, agora, nós estamos lutando para poder plantar. Plantamos, mas aparece um drone ou um avião com veneno e mata. Estamos sofrendo muito com isso”, desabafa.

Apesar dos desafios enfrentados pela associação, a presidente reforça que todo o grupo associado nunca perdeu a esperança. Tiveram esperança e resiliência para lidar com as dificuldades, continuando nessa jornada apesar dos altos e baixos de ser agricultor familiar… E seguiram. “Para o futuro, eu espero uma mudança, uma melhoria. Que a gente, a cada dia que passa, a cada ano que passa, a gente possa melhorar. Mesmo que às vezes seja um pouco difícil, a gente nunca desiste. A gente só espera que o amanhã seja melhor”, a presidente deseja. 

E é aqui que o Projeto Rural Sustentável – Amazônia se insere, dialogando com os desejos de esperança e busca por uma melhor qualidade de vida no campo, conciliando o produzir com respeito à natureza e a promoção de mais dignidade nos territórios. “O projeto vem apoiando com capacitações e com os equipamentos. E isso nos auxilia a evoluir a nossa produção, porque a gente precisa de muito maquinário, por exemplo”, a presidente nos conta. “Com os equipamentos, os treinamentos e as oficinas, percebemos que temos muitas coisas boas ainda por fazer, para a gente aprender e auxiliar no processo produtivo”, complementa. 

Com especial foco na valorização da sociobiodiversidade amazônica e na promoção de técnicas produtivas que respeitam a natureza, o Projeto entende que, para promover melhores condições de vida nesses territórios pela ótica produtiva, é fundamental conciliar os saberes tradicionais com conhecimentos técnicos. E essa transformação é construída em conjunto, explica Quênia Barros, coordenadora de campo do Projeto Rural Sustentável – Amazônia.

“Agroextrativistas, povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares são protagonistas da economia da sociobiodiversidade. Seus modos de vida e produção sustentáveis contribuem diretamente para a conservação dos ecossistemas, a mitigação das mudanças climáticas e a melhoria da qualidade de vida nos territórios”, afirma a coordenadora. 

Nesse cenário, “valorizar a sociobiodiversidade é apoiar cadeias produtivas sustentáveis, respeitar saberes tradicionais, fomentar mercados justos e fortalecer a autonomia produtiva e financeira das comunidades”, complementa. E reforça: “isso significa reconhecer que a floresta viva tem valor — e que esse valor precisa chegar às mãos de quem a protege todos os dias”.

É uma caminhada complexa que, igualmente como o trabalho nos campos e nas florestas, carrega seus aprendizados, orgulhos e dilemas. Mas que, em algum momento, recompensa.

“Nós temos os desafios, mas estamos na luta. Nós somos mulheres guerreiras, não desistimos fácil, por mais duro que seja. Já passamos por muitas coisas que poderiam nos fazer desistir,  mas se tivéssemos desistido, não estaríamos aqui, onde nós estamos hoje, eu conversando com você e falando sobre a nossa realidade”, Maria Josefa reflete.

E finaliza, nos emocionando: “Porque tudo que eu estou falando aqui, não é só de mim. Eu conto um pouco das histórias de todas as outras associadas. Cada uma delas tem a sua história e essas histórias mudaram bastante. E mudou bastante, somos felizes e estamos juntas”

 

Projeto Rural Sustentável — Cerrado (2019-presente)

 

Trabalhar no campo, em conexão com a terra, é uma jornada complexa — com seus encantos, sonhos, redes e entraves que desafiam a criatividade. Ser agricultor e agricultora familiar requer atenção para ouvir o que a natureza fala e disposição para inovar e encontrar caminhos diferentes para conseguir o sustento.

No Projeto Rural Sustentável – Cerrado, a criatividade é uma ferramenta que move e transforma vidas — no dia a dia dos ecossistemas produtivos, nos encontros de assistência técnica e oficinas, nas salas de aula para capacitação, E, junto a esse esforço de criação, também estão presentes a valorização e o apreço a esse bioma que carrega tanta diversidade, resiliência e vida. 

Um exemplo dessa sinergia é o trabalho realizado por Realino Lopes, agricultor familiar em uma das Unidades Demonstrativas (UD) no Projeto, em Orizona, Goiás.

Na propriedade, a fazenda Taquaral de Cima, Realino Lopes desenvolve um Sistema Agroflorestal (SAF). Estão presentes uma diversidade de vegetais para venda — batata-doce, cenoura, cará, inhame e mandioca —  frutos para venda e produção de polpas — incluindo açaí, de cajá-manga, acerola, limão, graviola e goiaba. Esses cultivos são direcionados para a merenda escolar municipal, ao comércio particular e, as frutas, vão para a mini-agroindústria de polpas, instalada com o benefício do Projeto. 

Sua história de vida é atravessada pelo trabalho rural. Antes, o agroflorestor atuou como técnico agropecuário, passando, tempo depois, a dedicar-se exclusivamente à atividade leiteira. Com o tempo, a fruticultura chamou a atenção — e segue nessa área produtiva até hoje. A tecnologia implantada para cultivo dialoga com um histórico de conservação da propriedade, cuidado aprendido com o pai de Realino: cerca de 40% da fazenda tem o Cerrado preservado. 

Quando perguntado quais espécies nativas do Cerrado habitam a propriedade, o agricultor precisa de um tempinho para listar a biodiversidade. Frutíferas, ornamentais e medicinais. “Eu tenho diversas plantas do Cerrado [aqui na propriedade]. Hoje, elas não são tão comerciais ainda, mas eu quero fazer uma parte da agrofloresta com produtos do Cerrado. Aqui tem pequi, tem angá (ou ingá), veludo branco… Tem mamacadela, pé-de-anta, algodãozinho e maria pobre, que são medicinais. O jacarandá, que é uma árvore do Cerrado, e os ipês — branco e rosa”, Realino puxa na memória. “E tem uma espécie de coqueirinho aqui também, que os bichos gostam de comer a polpa”, detalha.

A biodiversidade vai além de vegetais. Pelo nível de conservação, os animais encontram um refúgio no lar de Realino Lopes: ali aparecem espécies de macaco, jacu, quati, tatu, tamanduá e mutum — isso sem mencionar os pássaros. Para ele, conservar o bioma e realizar práticas produtivas sustentáveis são formas de gerar estabilidade ao meio ambiente, “para poder melhorar a proteção ambiental que vai favorecer a saúde da gente, da nossa família e também do nosso cultivo — com produtos mais sadios para o mercado”, complementa. 

No dia a dia, Realino exercita a criatividade para lidar com desafios e expandir novos horizontes. Atualmente, o principal dilema é o processo de organização e de inserção no mercado das polpas de fruta — nesse cenário, participar do Projeto Rural Sustentável – Cerrado se mostrou um caminho de soluções, porque apoiou e acelerou a construção da mini agroindústria de polpas na Unidade Demonstrativa. Agora, um dos caminhos que almeja é aproveitar a biodiversidade cerratense como fonte de renda, ao implementar frutos do Cerrado na agrofloresta. 

Esse é um mercado que ainda tem muito a ser explorado e incentivado por políticas e programas públicos e iniciativas privadas, especialmente por promover autonomia financeira da população do Cerrado, conciliar estratégias de conservação dos ecossistemas e mobilizar o desenvolvimento sustentável no bioma. “A valorização da biodiversidade regional possibilita atender com mais eficiência  diferentes demandas do mercado consumidor, no caso de feiras, supermercados  e de programas de governo, como o  Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)”, explica Josyany Mendes, coordenadora estadual do Projeto Rural Sustentável – Cerrado em Goiás.

“Esses espaços e iniciativas priorizam uma produção mais diversificada, nutritiva e saudável, e, consequentemente, representam maiores possibilidades de aumento de renda e autonomia financeira, principalmente para pequenos produtores da agricultura familiar que trabalham com espécies sazonais”, complementa. 

Realizada em 2017, pesquisa desenvolvida pela Conexsus mapeou mais de 202 cooperativas e associações ligadas ao trabalho com a sociobiodiversidade do Cerrado, formados, em sua maioria, por agricultores familiares e populações quilombolas. Os dados indicam que entre 9 mil e 15 mil pessoas tiram sua renda dos produtos do bioma, como baru, pequi, cagaita, jatobá e buriti — o faturamento conjunto das organizações chegou a R$139 milhões.

Além do impacto financeiro, sendo muitas vezes uma fonte de renda extra alternativa aos cultivos plantados frequentemente, o incentivo ao mercado da sociobioeconomia cerratense reduz o impacto ambiental do setor produtivo e mitiga a emissão dos gases do efeito estufa (GEE). “Essas práticas impulsionam uma maior produção de espécies nativas do bioma, assim como incentivam um modelo de produção mais sustentável, utilizando menos químicos, contribuindo também para o equilíbrio ecológico e dinâmico dos ecossistemas produtivos”, a coordenadora estadual contextualiza. 

Esse novo mercado dialoga diretamente com os objetivos do Projeto Rural Sustentável – Cerrado: mitigar as emissões do efeito estufa, promovendo práticas produtivas sustentáveis e a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono, em pequenas e médias propriedades do bioma. Em consonância, disponibilizar assistência técnica e extensão rural (ATER), ações de capacitação,  dias de campo e mobilizar pesquisas sobre sustentabilidade no território. 

[Foto Maria Josefa]. Legenda: Maria Josefa Machado Neves é agricultora familiar, polpeira e presidente da presidente da Associação das Mulheres Produtoras de Polpa de Fruta (AMPPF), em São Félix do Xingu (PA). 

 
Maria Josefa Machado Neves é agricultora familiar, polpeira e presidente da presidente da Associação das Mulheres Produtoras de Polpa de Fruta (AMPPF), em São Félix do Xingu (PA).

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Projeto Rural Sustentável – Cerrado (2019-presente)

Projeto Rural Sustentável – Amazônia (2022-presente)

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