PRS – Amazônia e Organizações Socioprodutivas parcerias marcam presença no Rondônia Rural Show Internacional

O intuito foi conectar saberes e ampliar o acesso das OSPs às oportunidades de mercado com foco na geração de renda e mitigação das mudanças climática

Uma semana inteira para refletir sobre novas formas de unir conhecimento tradicional, tecnologia e  geração de renda aliada a conservação da floresta. Foi com esse propósito que o Projeto Rural Sustentável – Amazônia participou, no último mês, no espaço da Superintendência Indígena de Rondônia, da 12ª edição da Rondônia Rural Show Internacional – a maior feira de agronegócio da região Norte, em Ji-Paraná (RO). Com o tema “Do Campo ao Futuro”, o evento reuniu cerca de 250 mil pessoas, entre produtores, fornecedores, autoridades, estudantes e as Organizações Socioprodutivas (OSPs) parceiras do Projeto pelas cadeias produtivas do café e de peixes redondos. O intuito foi somar saberes e conectar as organizações às novidades e oportunidades de mercado com foco na geração de renda e na mitigação das mudanças climáticas. 

Café indígena ressalta tradição, inovação e sustentabilidade no estande da SI

No evento, o Projeto marcou presença junto à Superintendência Estadual do Indígena de Rondônia (SI), compartilhando suas principais ações e apoiando a participação da Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Indígena Paiter Suruí (COOPAITER), OSP parceria do Projeto pela cadeia do café. Essa foi mais uma oportunidade da organização contar a sua história e conhecer mais sobre novidades tecnológicas para potencializar a produção de seu café, prevista para iniciar neste mês de junho. 

O presidente da COOPAITER, Naraymir Suruí, compartilha detalhes dessa experiência e o conhecimento adquirido para colocar em prática no próximo ciclo de produção. “O PRS nos deu a oportunidade de estarmos aqui no Rondônia Rural Show, podendo interagir com a nossa superintendência indígena, conversar sobre os desafios e ver os implementos agrícolas – já que agora, em junho, vamos iniciar nossa produção do café, nossa colheita. Viemos aqui para ver algumas oportunidades de beneficiamento, de melhoria na qualidade do nosso café”, destaca.

No estado, o Projeto apoia 3 organizações indígenas cafeicultoras, do cultivo até a comercialização. São mais de 120 famílias agroextrativistas pertencentes à Terra Indígenas Rio Branco, em Alta Floresta D’Oeste (RO), e à TI Sete de Setembro, Cacoal (RO)  – muitas delas lideradas por mulheres e jovens. Segundo a mestra em ciências ambientais e monitora de campo do Projeto pela cadeia do café, Thatiane Costa, a participação no evento representou uma oportunidade estratégica de intercâmbio e visibilidade para o trabalho das OSPs. “O Rondônia Rural Show Internacional é um hub de inovação e tecnologia para as principais cadeias produtivas da região, onde o Projeto e as OSPs tiveram a oportunidade de compartilhar suas ações, além de falar da alta qualidade do café indígena, que une tradição, sustentabilidade e renda”,  compartilha. 

Além de acompanhar a OSP, o Projeto teve um momento de fala no estande da Seagri, para contar aos presentes as ações realizadas com as organizações indígenas.“Foi um momento importante e de visibilidade para falarmos sobre a atuação do PRS – Amazônia em Rondônia, com vistas ao fortalecimento da cadeia produtiva do café, em especial nos territórios indígenas. Também destacamos a trilha do Programa Rural Sustentável com as OSPs e famílias com foco na mitigação das mudanças climáticas por meio da produção sustentável”, finaliza. 

Veja alguns registros 

Cadeia de peixes redondos é destaque no estande da Seagri e da Emater-RO

Já na cadeia de peixes redondos, a participação foi no Pavilhão da Piscicultura da Seagri, onde houve muita troca de conhecimentos, palestras sobre as ações do Projeto e, claro, a presença da Cooperativa dos Produtores de Peixe de Monte Negro (COOPEMON), OSP parceira no estado. Quem passou por lá pôde conhecer um pouco do trabalho do Projeto e como essa parceria com a cooperativa tem aliado os conhecimentos locais às inovações sustentáveis para o cultivo de espécies como o tambaqui. 

Seu Zé Barroso, presidente da Cooperativa, destaca a importância de participar do evento. “Todo cooperado, na verdade, todo agricultor/piscicultor deveria participar do Rondônia Rural Show, até porque é uma vitrine de tecnologia e um aprendizado muito bom para a gente. Desde a primeira vez que eu vim, nunca mais consegui ficar sem. A gente não compra tudo, mas você pelo menos vai vendo o que tem de melhor, para o dia que você for comprar já está antenado no mercado”, destaca.

 
Monitora de campo, Geovanna Lemos, e o presidente da COOPEMON, Zé Barroso

A COOPEMON é uma das duas organizações produtivas parceiras do Projeto que atuam no cultivo de peixes redondos, em especial do tambaqui. São mais de 30 famílias que produzem anualmente cerca de 521, 3 toneladas de peixes. Para a monitora de campo, Geovana Lemos, a participação na feira amplia as oportunidades de parcerias. “Além de acompanhar as novidades do mercado, a nossa presença na feira oportunizou um ótimo acesso para ampliação do nosso network. Pudemos dialogar com diversos atores envolvidos na cadeia, a exemplo Embrapa, Emater, Seagri, Sedam, frigoríficos de Pescados, entre outros”, ela disse. Esse passo é fundamental para conectar atores da base produtiva, como a COOPEMON, com oportunidades de mercado e incentivos e debates no âmbito do governo local.

Tanto na cadeia do café como na de peixes redondos, o Projeto busca incentivar as práticas produtivas sustentáveis aliadas aos saberes e tradições locais para manter a floresta em pé, enquanto aumenta a renda das famílias agricultoras. Essas ações desdobram-se em uma Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) adaptada ao contexto local e em uma assistência técnica organizacional com foco em potencializar a produção, ampliar o acesso a novos mercados e mais renda, sempre com atenção à conservação da floresta. 

Vem conferir alguns registros 

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