O Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, é uma oportunidade para sensibilizar o país sobre a importância da floresta e o seu papel no combate às mudanças climáticas. No bioma, o Projeto Rural Sustentável – Amazônia encontrou alternativas para fortalecer seis cadeias produtivas, ao mesmo tempo que promove a geração de renda de pequenos produtores e agroextrativistas locais de forma sustentável. Ao todo, o Projeto é parceiro de 18 organizações nos estados do Amazonas, do Pará e de Rondônia.
A Amazônia e mudanças climáticas
A Amazônia é a maior reserva natural do planeta e tem 61,9% do seu território localizado no Brasil, de acordo com a MapBiomas, 2022. Pela sua vasta extensão territorial e por conter mais da metade da biodiversidade total, a conservação do bioma torna-se um assunto de interesse global para a mitigação das mudanças climáticas.
Estudos recentes alertam que quase metade da floresta pode estar exposta a fatores de degradação irreversível, que levariam a Amazônia a um ponto de não retorno até 2050, segundo artigo da revista científica Nature, divulgado este ano.
E quem trabalha diretamente para manter a floresta em pé acaba sentindo na pele e na produção os impactos das mudanças climáticas. Muitos dos povos originários, comunidades tradicionais, e outras populações locais que ali residem, realizam atividades produtivas sensíveis aos efeitos das mudanças climáticas. Por outro lado, essas mesmas atividades, como a agricultura familiar, contribuem para a conservação da floresta e a regeneração de áreas degradadas.
Por isso, uma das metas do Projeto Rural Sustentável – Amazônia é justamente promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo, fortalecendo as atividades produtivas de baixo emissão de carbono, realizadas por povos e comunidades tradicionais da Amazônia. O Projeto busca viabilizar, junto às comunidades, o manejo sustentável de mais de 6.000 hectares do bioma. Além disso, se dedica a aprofundar o conhecimento na temática da sustentabilidade de pequenos produtores, agroextrativistas e do público em geral. O objetivo é deixar um legado positivo para as próximas gerações.
Conheça a atuação do PRS – Amazônia para a conservação do bioma
Conhecendo o potencial produtivo das comunidades locais para o desenvolvimento sustentável da região, desde 2022, o Projeto Rural Sustentável – Amazônia apoia seis cadeias produtivas em três estados da Amazônia: no Amazonas, trabalha com a castanha-do-Brasil e o pirarucu de manejo; em Rondônia, com o café e peixes redondos; e no Pará, com o açaí e o cacau. O Projeto trabalha com 18 Organizações Socioprodutivas (OSPs) e mais de 870 famílias, formadas por povos originários, comunidades tradicionais e demais produtores e agroextrativistas.
“Nosso objetivo é melhorar a qualidade de vida de produtores e agroextrativistas que atuam nas cadeias produtivas apoiadas pelo projeto. Um dos diferenciais é que todas as ações são construídos de forma coletiva, com quem trabalha diretamente na cadeias produtiva, e respeitando toda a cultura local, as sazonalizadas e incentivando a diversificação produtiva, capaz de garantir a renda e a segurança alimentar das famílias envolvidas”, destaca a Coordenadora Operacional do Projeto, Alexsandra Soares.
Além de fortalecer organizações locais, estimular a diversidade produtiva e o acesso a novos mercados, o PRS – Amazônia promove ações de capacitação – e, em 2025, visa fomentar pesquisas na região. Um dos mais recentes lançamentos foi o Programa de Capacitação, com a abertura da 1º turma do Mestrado Profissional, em parceria com a Universidade Federal do Pará, e o Curso de EaD, em parceria com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho.
PRS – Amazônia acaba de lançar curso de EaD online e gratuito sobre sustentabilidade na Amazônia
O Curso de EaD Introdutório faz parte do Programa de Capacitação do PRS – Amazônia e é gravado em parceria com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho. O curso online e gratuito busca tornar o conhecimento sobre mudanças climáticas e produção sustentável acessível a todas as pessoas.
Com a apresentação de Adanilo, Kaê Guajajara e Suyane Moreira, as aulas foram pensadas para serem feitas no ritmo de cada aluno, que, após conclusão de todos os módulos previstos, receberá um certificado de 30h/aulas. As inscrições já estão abertas.
