Estudantes da 2º Edição do Mestrado desembarcam em Belém (PA) para primeira semana de aulas presenciais

24 estudantes tiveram a oportunidade de unir a teoria da universidade à prática do campo, vivenciando as etapas das cadeias produtivas

Diálogos sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia, uma visita a sistemas agroflorestais e o acompanhamento do desembarque do açaí no mercado Ver-o-Peso. No último mês, 24 estudantes da 2º edição do Mestrado Profissional do Projeto Rural Sustentável – Amazônia, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), desembarcaram em Belém (PA) para uma nova jornada acadêmica, unindo a teoria da sala de aula à prática do campo. Vem conferir como foi!

Teoria e prática juntas: um percurso que começou na UFPA

Estudantes da 2° edição do Mestrado Profissional colocaram o pé na estrada para iniciar  os estudos em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia. Neste primeiro momento, a temática desdobrou-se no aprofundamento de conceitos como bioeconomia amazônica, crise ambiental, uso dos recursos naturais e os desafios da transição territorial e ecológica. De Belém (PA) à Abaetetuba (PA), foram mais de 250 km pelas estradas paraenses, numa rota que ligou toda a teoria compartilhada na Universidade Federal do Pará (UFPA) até o campo. 

Andrielle Leal é uma dos 24 estudantes selecionados no Mestrado. Natural de Ananindeua (PA), município próximo de Belém (PA), é formada em engenheira sanitarista ambiental, técnica florestal e mestre em ciências ambientais. Andrielli conta que estava afastada da área acadêmica há 11 anos, mas viu na pós-graduação uma oportunidade de conectar a sua experiência de vida e atuação profissional a uma produção de conhecimento mais aplicada. “Eu sempre estive envolvida com projetos ambientais e, como servidora, atuo na criação, implementação e acompanhamento de políticas públicas agroambientais. Mas, no último ano, percebi que precisava desse passo acadêmico para fortalecer a minha atuação e abrir novas possibilidades de transformação, tanto pessoal quanto profissional”, compartilha. 

 
Andrielle Leal, estudante do Mestrado Profissional
Aula na Universidade Federal do Pará (UFPA)

Da UFPA, a rota continuou até o mercado Ver-o-Peso 

Da universidade federal, em Belém (PA), a rota seguiu direto ao Sistema Agroflorestal (SAF) do agricultor Elias Kempner, em Abaetetuba (PA), para ver de perto algumas das práticas sustentáveis  utilizadas e a relação do produtor com as diferentes espécies cultivadas em consórcio. Essa diversidade frutífera também foi percebida em visita à Cooperativa dos Fruticultores de Abaetetuba (Cofruta), uma das novas Organizações Socioprodutivas (OSPs) parceiras do Projeto. Os diálogos permearam entre a importância da força do coletivo para produção, beneficiamento e geração de renda. 

A mestranda, Adrielle, traz suas percepções sobre as duas visitas: “Além da visita no SAF do seu Elias, onde pudemos conhecer toda a diversidade de espécie e a relação dele com o meio ambiente, foi muito importante a visita na Cofruta. A gente conseguiu visualizar o valor social e cultural de diversas cadeias produtivas, inclusive as sementes da sociobiodiversidade para o território e quem vive nele”, conta.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     A última parada foi no Mercado Ver-o-Peso, a maior feira livre da América Latina, onde os estudantes viram na prática o desembarque do açaí e toda a logística de entrega, demanda e a importância do fruto para o estado. “Os professores têm nos desafiado a refletir sobre a realidade da Amazônia de forma integrada, considerando não apenas os recursos naturais, como também os aspectos sociais, culturais, econômicos e também políticos. A partir disso, a gente percebe que existem muitas Amazônias dentro da Amazônia”, finaliza a mestranda.

 

Da produção sustentável nos SAFs, passando pela importância do coletivo para agregar valor aos produtos e gerar renda, até ver o produto chegando nas mãos de quem vende e consome no mercado Ver-o-Peso. Essa foi a primeira semana de aulas presenciais: uma oportunidade para vivenciar as etapas de cadeias produtivas da Amazônia, em especial do açaí, juntando teoria e prática para fundamentar soluções integradas e eficazes para o desenvolvimento sustentável do bioma. 

O que vem por aí

A jornada continua! As próximas semanas de aulas presenciais já estão marcadas para acontecer no Amazonas e em Rondônia. Será uma oportunidade de, novamente, colocar a mão na massa e conectar toda a teoria à prática, enquanto soluções inovadoras são traçadas para o desenvolvimento local da região amazônica. Acompanhe nas redes e fique por dentro das novidades por aqui!

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