Com riquezas tão singulares e dinâmicas tão próprias, é no Amazonas, no Pará e em Rondônia que está o PRS – Amazônia : um contexto repleto de particularidades dos 44 municípios que fazem parte do Projeto, que, somados seus territórios, geram uma presença do Projeto em cerca de 12% do território brasileiro, com mais de 1 milhão de km². Nesse espaço tão amplo e diverso, com tradições, histórias e culturas distintas, essas riquezas também se refletem nas cadeias produtivas, desde o cultivo até a comercialização, e estão integradas ao cotidiano das famílias agroextrativistas.
São duas cadeias produtivas por estado, em que duas características permeiam todas: são observadas a sazonalidade e as leis da natureza e elas ditam o ritmo da produção – especialmente nos cultivos apoiados pelo Projeto, com práticas sustentáveis, que conservem a sociobiodiversidade e que substituam práticas associadas ao desmatamento.
Por seguir o tempo de cada espécie e a estação de cada fruta, é comum que as famílias agroextrativistas que se envolvem em alguma etapa da cadeia produtiva trabalhem com mais de uma produção no ano. Isso cria uma rede complexa de saberes e de potencialidades para o açaí, o cacau, o pirarucu de manejo, a castanha-do-Brasil, o café e os peixes redondos.
Conheça cada uma delas aqui!
Amazonas: pirarucu de manejo e castanha do Brasil
Quem é responsável pela colheita são castanheiros e castanheiras, que percorrem quilômetros de trilhas recolhendo o fruto que cai das árvores. Essa comunidade é essencialmente constituída por povos tradicionais e indígenas, que realizam a atividade há milênios e envolve em torno de 60 mil pessoas e 127 organizações comunitárias na atuação.
Com a pesca do pirarucu selvagem proibida para a preservação da espécie, o manejo do pirarucu é uma forma de garantir o equilíbrio ecológico da espécie, a sobrevivência de outras espécies de peixes e conservar as dinâmicas de pesca com as comunidades tradicionais.
Pará: açaí e cacau
Isso reflete um potencial enorme da cadeia do cacau: passou de passou de 18%, em 2005, para 53% em 2018 (IBGE), envolvendo 60 mil pessoas diretamente e 240 mil pessoas indiretas, com o potencial de continuar com a mão de obra de centenas de trabalhadores e trabalhadoras envolvidas na produção.
Além do fruto, também se aproveita o palmito, o tronco, as folhas e as raízes – esses dois últimos utilizados pelas comunidades ribeirinhas que cultivam açaí na construção de casas e produção de bolsas e chapéus, em atividades de subsistência locais.
Rondônia: café e peixes redondos
Em 2021, 65.500 toneladas de peixes redondos foram produzidos, sendo o município de Ariquemes (RO) o principal produtor da região (Associação Brasileira de Piscicultura – Peixe BR) . Apesar de encontrar bastante saída no mercado interno, também tem saídas internacionais: o principal importador dele hoje é os Estados Unidos.
Além do fruto, também se aproveita o palmito, o tronco, as folhas e as raízes – esses dois últimos utilizados pelas comunidades ribeirinhas que cultivam açaí na construção de casas e produção de bolsas e chapéus, em atividades de subsistência locais.
Conilon é uma espécie de maior recorrência de produção no Brasil, conhecida por ter maior resistência no manejo e em lavouras do que outras espécies de café, como a Arábica. Cerca de 80% de sua produção se destina a outros estados, 12% ao consumo regional e 8% à exportação.
Em 2021, 65.500 toneladas de peixes redondos foram produzidos, sendo o município de Ariquemes (RO) o principal produtor da região (Associação Brasileira de Piscicultura – Peixe BR) . Apesar de encontrar bastante saída no mercado interno, também tem saídas internacionais: o principal importador dele hoje é os Estados Unidos.
Além do fruto, também se aproveita o palmito, o tronco, as folhas e as raízes – esses dois últimos utilizados pelas comunidades ribeirinhas que cultivam açaí na construção de casas e produção de bolsas e chapéus, em atividades de subsistência locais.
Diálogo permanente com os estados
O Projeto se propõe a trabalhar em conjunto, com diálogo aberto, escuta ativa e espaços de governança local. Assim, acredita-se que é possível atuar em cooperação e em sinergia com as atividades do território.