Pirarucu: o gigante pré-histórico que respira fora d’água

Conheça uma das várias curiosidades dessa espécie e como ela é um trunfo na hora de manejar o peixe

Você sabia que o pirarucu respira fora d’água? Essa é apenas uma das curiosidades de um dos maiores peixes de água doce do mundo, não à toa chamado de rei dos rios pelas comunidades ribeirinhas na Amazônia. De 20 em 20 minutos, o Pirarucu  – que pode ter até 3 metros e quase 200 quilos! – precisa subir à superfície para respirar: além de brânquias, a forma tradicional pela qual os peixes respiram, a bexiga natatória dele é modificada e funciona como um pulmão. 

 

Essa ida à superfície é uma estratégia de adaptação que é útil na contagem dos peixes nas áreas de manejo permitidas e se tornou parte dos saberes das comunidades e de pesquisadores(as). Ao subirem para respirar, é possível acompanhar quantos peixes são adultos e quantos são jovens e, com esses dados, estimar a cota permitida para a pesca naquela região. Por lei, 30% dos pirarucus podem ser manejados quando não se está na época de reprodução – no Amazonas, a pesca do pirarucu é proibida de 1º de dezembro a 31 de maio.

 

Momento comunitário das famílias

 

A hora da pesca é crucial e um movimento comunitário das famílias. Já o escoamento dessa produção tem desafios, já que os lagos costumam ser no interior da Amazônia. Ainda assim, segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), o Pirarucu de manejo no Amazonas é a estrela de uma cadeia produtiva que cresceu 25,4% em 2021 e aumentou, em média, R$1.700,00 na renda das famílias que se envolvem na produção manejada do Pirarucu – o que representa mais de 7 milhões de reais de renda gerada para comunidades e organizações, segundo a Parceria para a Conservação da Biodiversidade na Amazônia (PCAB).

 

Com todo esse potencial, o PRS – Amazônia se propõe a incentivar boas práticas de manejo do pirarucu, a fortalecer as produções sustentáveis e a pensar, em conjunto, em outras formas de agregar valor ao pescado. Isso inclui a inserção em novos mercados e a procura por alternativas para potencializar as marcas já existentes para a cadeia. 

 

Sobre o projeto

 

O PRS – Amazônia é resultado da Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como beneficiário institucional e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade, o IABS, como responsável pela sua execução.

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