Durante duas semanas na COP 30, o Programa Rural Sustentável compartilhou resultados, aprendizagens e experiências voltadas ao fortalecimento e adoção de práticas sustentáveis para mitigação dos Gases do Efeito Estufa (GEE). O Programa é fruto do maior acordo de cooperação da América Latina e promove um trabalho que une governo, mercado, pesquisadores, Organizações socioprodutivas (OSPs) e quem atua pela sustentabilidade. Confira os pontos altos da participação do PRS na Conferência do Clima, direto da TechZone, AgriZone, Green Zone, Blue Zone e Casa Futura!
Diálogo, educação ambiental e tecnologia, na TechZone, GreenZone e na Casa Futura
Os primeiros dias da COP 30 foram marcados por rodas de conversa sobre mudanças climáticas e cadeias produtivas sustentáveis e manejo do solo. Com produtores(as) e estudantes mobilizados pela Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT – Guamá), o PRS destacou a importância de unir tecnologia, educação ambiental e saberes locais para formar uma geração mais consciente e engajada com a sustentabilidade.
A jovem estudante, Brenda Mariana, da Escola Casa Familiar Rural de Placas, conta seus aprendizados durante o curso sobre mudanças climáticas. “No curso aprendemos o que é clima e quais as mudanças dele, também vimos um pouco sobre El Ninõ e La Ninã e os efeitos deles na nossa região, no geral foi bom e aprendemos bastante”, destaca.
Já Deborah da Silva, destaca os aprendizados do curso de manejo de solo. “Participar do curso foi uma experiência extremamente enriquecedora, não apenas pelo conhecimento compartilhado pela equipe do PRS, mas também pela troca com os demais agricultores. Foi incrível ver a empolgação de todos em aprender sobre a produção de fertilizantes, a coleta e análise de solo, especialmente porque o acompanhamento técnico nas propriedades rurais ainda é uma das maiores dificuldades. Essa vivência tornou o curso ainda mais significativo para mim”, compartilha.
Enquanto isso, teve lançamento na Agrizone! O curso presencial sobre mudanças climáticas oferecido a estudantes e produtores no PCT – Guamá, agora pode ser acessado em qualquer hora e de qualquer lugar. Se você deseja fazer curso o introdutório ou já terminou e quer partir para a etapa avançada, inscreva-se agora mesmo: https://ead.prsamazonia.org.br/
Já na Casa Futura, a conversa foi exatamente sobre como ampliar o acesso a temas relacionados à sustentabilidade em mais espaços da sociedade. O Programa apresentou duas iniciativas estratégicas para isso: o Mestrado Profissional, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), via PRS – Amazônia, e a parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), pelo PRS – Cerrado. Ah, e igualmente importantes foram destacados os cursos EaD, produzidos em parceria com o Canal Futura.
Sociobiodiversidade amazônica como solução climática: da floresta à mesa, na BlueZone, Agrizone e no Restaurante Sociobio
A cadeia produtiva começa na floresta, com quem produz de forma sustentável e atua diretamente para enfrentamento das mudanças climáticas. Sabendo disso, foi possível falar mais da produção sustentável nos dois biomas da Amazônia e do Cerrado e apresentar a extensa experiência e os desafios da assistência técnica focada em sustentabilidade e em baixa emissão de carbono.
Mas vale lembrar que a produção no campo é uma das etapas da cadeia produtiva. Exatamente, por isso, na BlueZone, o PRS – Amazônia lançou oficialmente a publicação “Destravando mercados sustentáveis: a experiência do Projeto Rural Sustentável – Amazônia com o fortalecimento de cadeias da sociobiodiversidade para o acesso ao mercado”. O estudo sistematiza desafios, oportunidades e busca identificar perfis de consumo para inserção de produtos da sociobiodiversidade nos mercados. A publicação também traz orientações práticas para ampliar mercados que valorizem histórias, saberes locais e produtos sustentáveis – fruto de um trabalho conjunto que reuniu consultorias especializadas, comunidades produtoras, atores de mercado, governo e instituições parceiras.
O Pedro Xavier, coordenador de Cadeia e Mercado, pelo PRS – Amazônia, discorreu sobre o que o livro representa para quem atua nas cadeias produtivas amazônicas: “O livro trouxe o resultado das pesquisas realizadas com as consultorias Slow Food Brasil e Cortez. Tem informações para alimentar estratégias de fortalecimento das cadeias produtivas da sociobiodiversidade Amazônia e boas práticas de acesso a mercados”, ele destaca. E você, quer ler e saber mais? Baixe a publicação agora mesmo pelo link: https://prsamazonia.org.br/biblioteca
Da teoria do livro direto para a prática! Falando em inserir produtos em mais mercados, um dos momentos mais marcantes e emocionantes aconteceu na AgriZone, com o lançamento do chocolate Bem-te-vi, que une o cacau da marca Cacau Xingu (@cacauxingu), do Pará, com o café robusta amazônico da Lagoa da Mata (@cafe_llagoadamata_), de Rondônia. O produto nasceu da conexão entre duas famílias produtoras apoiadas pelo PRS – Amazônia e simboliza o potencial da sociobiodiversidade, aliada a práticas sustentáveis, para inserção no mercado. Conheça mais sobre o chocolate nas redes sociais das duas famílias produtoras!
Os produtos da sociobiodiversidade amazônica também estiveram presentes no Restaurante Central da Sociobio, uma parceria da Central do Cerrado com a Rede Bragantina, que contou com três produtos das Organizações Socioprodutivas (OSPs) parceiras do PRS – Amazônia: a farinha da OSP APAFE, a polpa de açaí, da OSP COFRUTA, e o pirarucu manejado, da OSP ASPROC. Do lado do Cerrado, houve uma degustação do café Mata do Lobo, produto de um das unidades demonstrativas do PRS – Cerrado, exposto na BlueZone, especificamente no Pavilhão do Reino Unido.
Aprendizados e compromissos renovados na Agrizone
E para finalizar a participação, o último painel do PRS na COP 30 reuniu representantes do Brasil e do Reino Unido para dialogar sobre a cooperação internacional, políticas públicas, financiamento e experiências práticas nos quatro biomas em que o PRS esteve e está presente: Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Os resultados apresentados reforçaram a importância de ações coordenadas entre produção e conservação, o fortalecimento de cadeias produtivas e a valorização da sociobiodiversidade como caminho para enfrentar as mudanças climáticas.
Você acabou de conferir alguns destaques da nossa participação na COP 30, mas para saber mais detalhes, acesse as redes sociais do PRS – Cerrado e o PRS – Amazônia!
Veja alguns momentos importantes






