Tambaqui, um dos peixes redondos da Amazônia, mostra potencial para novos mercados internacionais

Costelinha do peixe foi vencedora em uma das maiores convenções e exposições de frutos do mar da América do Norte

Uma especialidade amazônica campeã nos Estados Unidos: no domingo (12), a costela de tambaqui comercializada pela Netuno USA foi a vencedora na categoria Melhor Produto de Food Service da Seafood Expo North America, em Boston (EUA). Essa é uma das maiores convenções e exposições de frutos do mar e produtos de aquicultura da América do Norte, que se propõe a criar e fortalecer conexões entre fornecedores, produtos,tendências e o mercado.  “Quando pensamos no produto, partimos de um costume muito forte norte-americano de assistir aos jogos comendo costelinha, por exemplo, e vimos essa tradição como uma oportunidade para inserir um produto amazônico com tanto potencial quanto o tambaqui”, conta André Brugger, representante da empresa Netuno USA e coordenador do Núcleo de Aquicultura e Pesca Sustentáveis do IABS. “Estamos falando do maior mercado de pescados do mundo, importando mais de 90% do que consome, movimentando cerca de 250 bilhões de doláres”, complementa.

 

Escolhida dentre 83 outros produtos e produzida em uma fazenda certificada com Boas Práticas em Aquicultura (BAP) em Rondônia, a costelinha de tambaqui tem seu processo certificado de ponta a ponta e reflete o potencial que peixes amazônicos e produtos sustentáveis do bioma têm no cenário internacional – o que pode ser um aprendizado rico para o Projeto Rural Sustentável – Amazônia. 

 

Oportunidades e aprendizados para o PRS – Amazônia

 

O prêmio mostra uma forma de expandir o potencial da aquicultura sustentável amazônica, entendendo as tradições de um mercado potencial para ganhar mais espaço de comercialização. “O reconhecimento também é um incentivo para produções sustentáveis e para incentivar que quem produz tenha a garantia das certificações. Além disso, pode ser um estímulo para conseguir facilidade de financiamento e acesso ao crédito, por exemplo”, avalia Felipe Ramos, coordenador de Cadeia e Mercado do PRS – Amazônia. 

 

O coordenador estadual do PRS – Amazônia em Rondônia, Jenner Menezes, complementa  que o prêmio indica uma tendência no mercado exterior: “Para fazer costelinha de tambaqui não é necessário o peixe grande, é possível fazer de 1,5kg-2kg, em comparação aos de 3kg do mercado amazonense. Assim, o produtor precisaria de menos tempo para produzir, menos insumos e continuaria seguindo práticas produtivas sustentáveis”. Ele explica que estas características podem apresentar oportunidades ao reduzir custos e inovar com produtos da cadeia dos peixes redondos. 

Compartilhe:

Facebook
WhatsApp
LinkedIn